A antiga refinaria de Matosinhos, vai ser reconvertida num centro de inovação. O projecto, no valor de 60 milhões de euros, está integrado no Fundo de Transição Justa no âmbito do programa Portugal 2030. O objetivo é minimizar o impacto económico e social de Matosinhos após o encerramento da Petrogal naquela região.

O terreno de 237 hectares no qual se situa a refinaria da Petrogal, em Leça da Palmeira, vai dar lugar ao desenvolvimento de um centro de inovação e à criação de um pólo universitário em parceria com a Universidade do Porto. A elaboração do presente projeto foi assinado no passado dia 16 de fevereiro de 2022 pelas entidades Galp, Câmara Municipal de Matosinhos e Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte.

Promover o emprego e dar apoio às empresas da região
De acordo com o protocolo de cooperação, uma parcela dos cerca de 60 milhões de euros afectos ao projecto está destinada ao apoio a cerca de 1200 trabalhadores que perderam o seu emprego, bem como às empresas afetadas. Estima-se que possam vir a ser gerados entre 20 e 25 mil postos de trabalho com a construção do centro de inovação, num prazo de dez anos.

Aposta na sustentabilidade e na inovação
A Galp salientou que o objetivo deste projeto está relacionado com a promoção da valorização económica, social e ambiental de toda a região Norte do país, posicionando esta iniciativa no topo dos projetos mundiais de tecnologia associada a energias sustentáveis. A característica distintiva deste projeto consiste na implementação de um ecossistema urbano, social e ambientalmente sustentável, composto por comércio e serviços, hotelaria, restauração, indústria 4.0, equipamentos de cultura e lazer e por um parque verde.

Andy Brown, presidente executivo da Galp destaca a importância do projeto de reconversão da refinaria não só para a região Norte, como também para o país, salientando a ambição da empresa em continuar a ser um pólo de desenvolvimento económico e social, bem como, um gerador de emprego na região. O responsável da Galp sublinha ainda a preponderância do projeto enquanto eixo para colocar a Galp e o país na vanguarda da transição energética, da inovação e da descarbonização da economia, em direção ao objetivo comum de um futuro mais sustentável.

Patrícia Neves