Economia e Finanças nas prioridades do novo Governo
No passado dia 30 de março de 2022, assistimos à tomada de posse do XXIII Governo Constitucional. De entre os muitos desafios e obstáculos que terão de enfrentar durante a legislatura, destacam-se os inerentes às áreas da Economia e Finanças, nomeadamente nos setores do Turismo, Indústria e Energia. Estas áreas fundamentais para o desenvolvimento sustentável do país serão objeto de um conjunto de medidas que permitam recuperar os níveis pré-pandemia.
Os quatro grandes desafios do novo Governo na esfera das áreas da Economia e Finanças são os seguintes: os bancos enfrentam níveis elevados de crédito malparado; a execução dos fundos europeus, a qual necessita de ser assertiva de modo a resultar; o turismo e demais atividades industriais que estão fortemente dependentes da energia e procura externa; e, finalmente, a consolidação das contas públicas.
Sistema financeiro e os elevados níveis de crédito malparado
O incremento da capacidade e qualidade do sistema financeiro constituí uma das principais preocupações do novo Governo, na medida em que, devido à crise pandémica, os bancos depararam-se com níveis elevados de crédito malparado. O termo crédito malparado é utilizado quando o titular de um crédito não consegue reembolsar a instituição financeira.
Execução sustentável dos fundos europeus
A execução dos fundos europeus terá de ocorrer de uma forma certeira e rápida, devendo ser direcionada para investimentos produtivos do Estado e das empresas, de modo a gerar benefícios e não mais dívidas a pagar no futuro.
Dependência externa das atividades industriais e turismo
Este desafio está relacionado com o anterior, uma vez que, um dos grandes objetivos da execução dos fundos europeus prende-se com o incremento da competitividade externa das entidades empresariais nacionais. O turismo, um dos setores mais prejudicados com a crise pandémica, da qual conseguiu recuperar, depara-se agora com um novo desafio: a dependência externa de energia, nomeadamente o petróleo e o gás. Além do turismo, também as famílias portuguesas são deveras prejudicadas pela inflação agressiva da energia a nível mundial.
Consolidação das contas públicas
A consolidação das contas públicas numa esfera económica marcada pela dívida ainda muito alta, assim como, pela subida da inflação e das taxas de juro, constituí uma preocupação que irá requerer uma atenção mais próxima por parte do Governo.
Patrícia Neves