Um estudo realizado pela “CMS European M&A Study 2022” concluiu que a grande maioria dos negócios globais envolveu cláusulas contratuais para a minimização de risco dos vendedores e um recuo na “abordagem amigável ao comprador”.

De acordo com a 14ª edição do “European M&A Study”, que analisou mais de 5.500 transações, os principais motivos que levam à existência de fusões e aquisições são a necessidade de entrada num novo mercado, a obtenção de conhecimento ou de trabalhadores e a compra da concorrência.

Aumento das apólices de seguro
Além dos dados relativos às fusões e aquisições, o estudo realizado também concluiu que aumentaram as apólices de seguro, as quais são comummente utilizadas como garantia de indeminização e responsabilidade fiscal em operações delicadas como é o caso das fusões e aquisições. O crescimento foi registado sobretudo na Benelux (Bélgica, Países Baixos e Luxemburgo), na Alemanha e no Reino Unido, mas permanece baixa em França e no sul da Europa, onde Portugal se insere.

Maior utilização de mecanismos de resolução de disputas
A utilização da arbitragem como mecanismo de resolução de disputas situou-se nos 33%, o que equivale a uma subida de um ponto percentual relativamente ao primeiro ano da pandemia.

Fusões e aquisições como forma de crescimento
Tendo como base a ótica dos investidores, estes consideram as fusões e as aquisições como uma forma de acelerar o crescimento, e em simultâneo moldar os perfis de negócio futuros. Este maior planeamento do futuro irá garantir uma maior sustentabilidade do negócio, assim como, a sua progressão temporal. No entanto, com a invasão russa sobre a Ucrânia, os dados podem mudar sendo que "muitos dos impulsionadores dos negócios em 2021 continuam a adequar-se, mas há riscos e incertezas crescentes e pode haver mais riscos macroeconómicos no futuro”, dizem os autores do estudo Louise Wallace e Stefan Brunnschweiler, líderes de Corporate/M&A.

Patrícia Neves