PRR: Fundo de Capitalização deverá chegar às empresas nos próximos dias
O Fundo de Capitalização gerido pelo Banco Português do Fomento deverá chegar às empresas nos próximos dias. O Governo aguarda que o Tribunal de Contas autorize o avanço dos 1,3 milhões de euros destinados à capitalização das empresas portuguesas.
Os 1,3 mil milhões de euros que o Banco Português de Fomento (BPF) vai colocar nas empresas para as capitalizar, têm origem no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), mais concretamente na fatia de empréstimos de 2,7 mil milhões de euros disponibilizados pela bazuca (os restantes 14 mil milhões são subvenções).
Fundo de Capitalização operacionalizado através de dois programas
O Fundo de Capitalização é operacionalizado pelo Programa de Recapitalização Estratégica no valor 400 milhões de euros, para a consolidação e capitalização de empresas, e cujo período de investimento deverá terminar a 31 de dezembro deste ano. No entanto, a data pode ser prorrogada se o Banco de Fomento assim o entender.
O programa Consolidar é outro dos programas financiados pelo Fundo de Capitalização, e visa promover o investimento em PME e mid caps afetadas pela pandemia, mas economicamente viáveis e com potencial de recuperação, através do investimento de capitais de risco. O objetivo do Programa Consolidar é fomentar o crescimento, expansão e consolidação de projetos empresariais, bem como o desenvolvimento de novas áreas de negócio e novos produtos, através da reestruturação dos respetivos modelos de negócio e a profissionalização e reforço da equipa de gestão dos beneficiários finais.
Programa Consolidar com verba reforçada
A presidente executiva do BPF Beatriz Freitas já anunciou que a verba inicialmente com uma dotação de 250 milhões de euros, poderá ser reforçada devido à procura elevada pelas instituições “para um montante significativamente superior”, mas ainda sem confirmação do valor. As 33 candidaturas, submetidas por sociedades de capital de risco e sociedades gestoras de capital de risco, somam um montante global superior a 1.300 milhões de euros de investimentos para a constituição de fundos de capital de risco com uma dotação agregada superior a 3.100 milhões de euros.
Andreia Arenga