Portugal no Top 10 dos países europeus que mais beneficia com o PRR

O relatório da Comissão Europeia identifica Portugal como o oitavo país da UE que mais beneficia do PRR, com um impacto estimado de 18,95 mil milhões de euros, e lidera o investimento em Investigação & Inovação, com 7,2 mil milhões aplicados entre 2021 e 2023, dos quais 3,7 mil milhões provenientes do PRR — cerca de 17% da dotação total, muito acima da média europeia. Um cenário muito positivo para os empresários e uma oportunidade clara para as empresas portuguesas.

Portugal no Top 10 dos países europeus que mais beneficia com o PRR

O relatório da Comissão Europeia identifica Portugal como o oitavo país da UE que mais beneficia do PRR, com um impacto estimado de 18,95 mil milhões de euros, e lidera o investimento em Investigação & Inovação, com 7,2 mil milhões aplicados entre 2021 e 2023, dos quais 3,7 mil milhões provenientes do PRR — cerca de 17% da dotação total, muito acima da média europeia. Um cenário muito positivo para os empresários e uma oportunidade clara para as empresas portuguesas.

Para os empresários e gestores portugueses, estes dois fatores trazem uma mensagem muito clara: o país está bem posicionado para aproveitar estímulos estruturantes e as empresas podem (e devem) alinhar-se para tirar partido desse ambiente.

Por que isto é uma boa notícia para as empresas?
1. Aumento do investimento público que atrai investimento privado
Quando o Estado através do PRR injeta verbas e ativa mecanismos de investimento, abre-se espaço para que as empresas entrem com novos projetos, ampliem operações ou acelerem a inovação. O facto de Portugal estar no “Top 10” dos impactos ao nível da economia é um sinal de que há escala e massa crítica nas intervenções.

2. Prioridade forte à I&I = Oportunidade para quem quer inovar
O destaque de Portugal no campo da I&I com 17% do PRR dedicado a essa dimensão e envolvimento de mais de 1.247 entidades nas agendas mobilizadoras, significa que existe um foco real em modernizar, digitalizar, investigar e desenvolver. Para as empresas, isso traduz-se em boas perspetivas para candidaturas a fundos, parcerias com universidades ou centros tecnológicos, ou lançamento de novas linhas de produto/serviço com apoio.

3. Ambiente de transformação económica e competitiva
O impacto direto estimado de quase 17 mil milhões no PIB português através do PRR mostra que não se trata apenas de “subsídios” pontuais: trata-se de um pacote estrutural que pode alterar cadeias de valor, reforçar capacidades produtivas e abrir mercados. Para as empresas que conseguirem posicionar-se bem, isso pode significar vantagem competitiva perante concorrentes que não aproveitem estes estímulos.

4. Mensagem de confiança internacional
Estar entre os dez países que mais ganham com esta “bazuca” europeia transmite aos clientes, fornecedores, parceiros internacionais ou investidores um sinal de que Portugal é um mercado de futuro, com políticas de apoio e ambição de crescimento. Isto pode ajudar no acesso a capital, à criação de alianças ou à internacionalização.

Como as empresas podem agir: seis recomendações práticas
Para aproveitar este momento, os gestores e decisores das PME portuguesas devem estar atentos e procurar responder a algumas estratégias, tais como:

  • Mapear os instrumentos do PRR relevantes ao seu negócio
    Verificar os avisos de financiamento que já estão abertos ou prestes a abrir: por exemplo, I&I, digitalização, eficiência energética, economia circular, etc. Estar atento ao “calendário” dos marcos e metas do PRR, o relatório da Comissão alerta para atrasos, pelo que estar pronto dá vantagem.
  • Alinhar estratégia de inovação e crescimento à “agenda nacional”
    Se a empresa tiver capacidade para I&D ou parcerias (ex: universidades, centros de investigação), deve considerar candidatar-se ou montar projetos que entrem nas agendas mobilizadoras mencionadas: o relatório refere que muitas empresas já estão integradas.
  • Planeamento de médio prazo com foco na execução
    Os fundos só têm valor se forem usados. O relatório alerta para parte significativa dos montantes ainda por desembolsar e para a necessidade de “acelerar urgentemente os esforços de implementação”. As empresas devem planear o cronograma, assegurar que têm os recursos humanos e tecnológicos para cumprir.
  • Reforço de qualificações e capacidades
    Um dos entraves identificados no relatório relativo à I&I é “a falta de trabalhadores com níveis de qualificação avançados para implementar projetos de I&I”. Logo, as empresas devem já investir em formação ou captar talento que permita estar apta a cumprir exigências de projetos complexos.
  • Sinergia entre investimento público e privado
    Ver onde o projeto da empresa pode “encaixar” com ações financiadas pelo PRR (ex: cadeias de valor, fornecimento público, subcontratação). A lógica de “efeito multiplicador” dos investimentos públicos pode gerar negócio adicional.
  • Monitorar e reportar com rigor
    As metas e marcos do PRR são rigorosamente avaliados pelos organismos europeus — a empresa que participa num programa ligado ao PRR deve assegurar que os seus sistemas de monitorização, controlo e reporte estão funcionais. O atraso ou incumprimento pode pôr em risco a elegibilidade ou financiamento.

Para que as empresas e os empresários em Portugal aproveitem esta fase com máxima eficácia, há três mensagens-chave que ficam:

  • Portugal está entre os países da Europa com maiores ganhos esperados com o PRR, factor que abre uma janela de oportunidade real.
  • As áreas de I&I, digitalização, modernização produtiva são claras prioridades: quem se antecipar e agir ganha vantagem.
  • Mas a oportunidade exige ação: cumprir prazos, mobilizar recursos, inovar, formar equipas, planear bem.

Se como empresário ou gestor está à procura de crescimento, de novos mercados, de inovação ou de reforço competitivo, este é um momento para acelerar a tomada de decisão, procurar apoios e posicionar-se para maximizar os benefícios do PRR.

Precisa de ajuda? Os nossos consultores podem apoiá-lo na identificação dos incentivos mais adequados para si e na elaboração de candidaturas de forma vencedora.

Andreia Arenga
23.10.2025

Todos os direitos reservados. Este artigo é protegido por direitos de autor e não pode ser reproduzido, distribuído, transmitido ou utilizado, no todo ou em parte, sem a permissão prévia por escrito de Equações Exaustivas Lda. Todas as marcas registadas, nomes de empresas, logotipos e produtos mencionados são propriedade dos seus respetivos detentores.

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Para os empresários e gestores portugueses, estes dois fatores trazem uma mensagem muito clara: o país está bem posicionado para aproveitar estímulos estruturantes e as empresas podem (e devem) alinhar-se para tirar partido desse ambiente.

Por que isto é uma boa notícia para as empresas?
1. Aumento do investimento público que atrai investimento privado
Quando o Estado através do PRR injeta verbas e ativa mecanismos de investimento, abre-se espaço para que as empresas entrem com novos projetos, ampliem operações ou acelerem a inovação. O facto de Portugal estar no “Top 10” dos impactos ao nível da economia é um sinal de que há escala e massa crítica nas intervenções.

2. Prioridade forte à I&I = Oportunidade para quem quer inovar
O destaque de Portugal no campo da I&I com 17% do PRR dedicado a essa dimensão e envolvimento de mais de 1.247 entidades nas agendas mobilizadoras, significa que existe um foco real em modernizar, digitalizar, investigar e desenvolver. Para as empresas, isso traduz-se em boas perspetivas para candidaturas a fundos, parcerias com universidades ou centros tecnológicos, ou lançamento de novas linhas de produto/serviço com apoio.

3. Ambiente de transformação económica e competitiva
O impacto direto estimado de quase 17 mil milhões no PIB português através do PRR mostra que não se trata apenas de “subsídios” pontuais: trata-se de um pacote estrutural que pode alterar cadeias de valor, reforçar capacidades produtivas e abrir mercados. Para as empresas que conseguirem posicionar-se bem, isso pode significar vantagem competitiva perante concorrentes que não aproveitem estes estímulos.

4. Mensagem de confiança internacional
Estar entre os dez países que mais ganham com esta “bazuca” europeia transmite aos clientes, fornecedores, parceiros internacionais ou investidores um sinal de que Portugal é um mercado de futuro, com políticas de apoio e ambição de crescimento. Isto pode ajudar no acesso a capital, à criação de alianças ou à internacionalização.

Como as empresas podem agir: seis recomendações práticas
Para aproveitar este momento, os gestores e decisores das PME portuguesas devem estar atentos e procurar responder a algumas estratégias, tais como:

  • Mapear os instrumentos do PRR relevantes ao seu negócio
    Verificar os avisos de financiamento que já estão abertos ou prestes a abrir: por exemplo, I&I, digitalização, eficiência energética, economia circular, etc. Estar atento ao “calendário” dos marcos e metas do PRR, o relatório da Comissão alerta para atrasos, pelo que estar pronto dá vantagem.
  • Alinhar estratégia de inovação e crescimento à “agenda nacional”
    Se a empresa tiver capacidade para I&D ou parcerias (ex: universidades, centros de investigação), deve considerar candidatar-se ou montar projetos que entrem nas agendas mobilizadoras mencionadas: o relatório refere que muitas empresas já estão integradas.
  • Planeamento de médio prazo com foco na execução
    Os fundos só têm valor se forem usados. O relatório alerta para parte significativa dos montantes ainda por desembolsar e para a necessidade de “acelerar urgentemente os esforços de implementação”. As empresas devem planear o cronograma, assegurar que têm os recursos humanos e tecnológicos para cumprir.
  • Reforço de qualificações e capacidades
    Um dos entraves identificados no relatório relativo à I&I é “a falta de trabalhadores com níveis de qualificação avançados para implementar projetos de I&I”. Logo, as empresas devem já investir em formação ou captar talento que permita estar apta a cumprir exigências de projetos complexos.
  • Sinergia entre investimento público e privado
    Ver onde o projeto da empresa pode “encaixar” com ações financiadas pelo PRR (ex: cadeias de valor, fornecimento público, subcontratação). A lógica de “efeito multiplicador” dos investimentos públicos pode gerar negócio adicional.
  • Monitorar e reportar com rigor
    As metas e marcos do PRR são rigorosamente avaliados pelos organismos europeus — a empresa que participa num programa ligado ao PRR deve assegurar que os seus sistemas de monitorização, controlo e reporte estão funcionais. O atraso ou incumprimento pode pôr em risco a elegibilidade ou financiamento.

Para que as empresas e os empresários em Portugal aproveitem esta fase com máxima eficácia, há três mensagens-chave que ficam:

  • Portugal está entre os países da Europa com maiores ganhos esperados com o PRR, factor que abre uma janela de oportunidade real.
  • As áreas de I&I, digitalização, modernização produtiva são claras prioridades: quem se antecipar e agir ganha vantagem.
  • Mas a oportunidade exige ação: cumprir prazos, mobilizar recursos, inovar, formar equipas, planear bem.

Se como empresário ou gestor está à procura de crescimento, de novos mercados, de inovação ou de reforço competitivo, este é um momento para acelerar a tomada de decisão, procurar apoios e posicionar-se para maximizar os benefícios do PRR.

Precisa de ajuda? Os nossos consultores podem apoiá-lo na identificação dos incentivos mais adequados para si e na elaboração de candidaturas de forma vencedora.

Andreia Arenga
23.10.2025

Todos os direitos reservados. Este artigo é protegido por direitos de autor e não pode ser reproduzido, distribuído, transmitido ou utilizado, no todo ou em parte, sem a permissão prévia por escrito de Equações Exaustivas Lda. Todas as marcas registadas, nomes de empresas, logotipos e produtos mencionados são propriedade dos seus respetivos detentores.

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2025-10-23T13:51:56+01:00
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