Está pronto para o E-Commerce?
Saiba como internacionalizar a sua empresa nos mercados digitais.
A globalização, facilitada pela internet, abriu portas para que as empresas de todas as dimensões possam alcançar novos mercados, diversificar a sua base de clientes e aumentar as suas receitas. No centro desta transformação está o E-Commerce ou comércio eletrónico que se tornou um canal indispensável para a internacionalização das empresas. Mas como pode uma empresa portuguesa aproveitar as oportunidades dos mercados digitais internacionais?
Está pronto para o E-Commerce? Saiba como internacionalizar a sua empresa nos mercados digitais.
A globalização, facilitada pela internet, abriu portas para que as empresas de todas as dimensões possam alcançar novos mercados, diversificar a sua base de clientes e aumentar as suas receitas. No centro desta transformação está o E-Commerce ou comércio eletrónico que se tornou um canal indispensável para a internacionalização das empresas. Mas como pode uma empresa portuguesa aproveitar as oportunidades dos mercados digitais internacionais?
De acordo com um relatório da Nasdaq, o e-commerce está em rápido crescimento a nível mundial e as tendências apontam para que em 2040 cerca de 95% das compras sejam feitas através do comércio eletrónico. Esta é, por isso, uma oportunidade que qualquer empresa portuguesa deve aproveitar para começar a exportar ou para fortalecer ou diversificar a sua presença nos mercados internacionais digitais.
O que é o E-Commerce?
O E-commerce ou comércio eletrónico, é um canal de venda online que permite chegar a clientes de todo o mundo. Quer as vendas sejam efetuadas a outras empresas (B2B) ou ao consumidor final (B2C), o comércio eletrónico pode realizar-se através de site da empresa (loja própria), com controlo total do processo, maior flexibilidade das margens de negócio, mas com maior investimento; através de presença em plataformas de venda online com outros vendedores (marketplaces), com menor risco e menor investimento, mas com maior dependência de terceiros e margens mais reduzidas; através de redes sociais aproveitando as interações dos seus utilizadores; ou um conjunto destas opções.
A Importância das Vendas Online na Expansão do Mercado Português
O E-Commerce representa uma oportunidade de ouro para as empresas portuguesas que desejam expandir-se para novos mercados. Portugal, com uma população relativamente pequena, tem limitações naturais em termos de dimensão de mercado. No entanto, através do comércio eletrónico, as empresas podem facilmente ultrapassar estas barreiras geográficas, promovendo os seus produtos e serviços a clientes em qualquer parte do mundo.
Para as empresas que desejam expandir internacionalmente, as vendas online são uma ferramenta crucial. A presença digital permite que as marcas portuguesas não só aumentem a sua base de clientes, mas também fortaleçam a sua imagem e credibilidade nos mercados externos. Através de uma plataforma de E-Commerce, as empresas podem vender em diversos países, ajustando as suas ofertas às preferências e necessidades dos diferentes mercados.
De acordo com estudos recentes, o volume de vendas online em Portugal tem vindo a crescer de forma consistente, sendo que cada vez mais consumidores preferem fazer compras através da internet, especialmente em setores como a moda, eletrónica, e produtos de beleza. De acordo com a AICEP - Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, em Portugal as compras online representam 3,64% do PIB e 62% da população que utiliza a Internet diariamente, já efetuou compras online.
Este crescimento reflete uma mudança de comportamento dos consumidores, que procuram conveniência, rapidez e variedade na hora de comprar.
EUA e China: os gigantes do mercado global
Para internacionalizar uma empresa com sucesso, é fundamental compreender os mercados digitais e as suas especificidades.
A União Europeia oferece um mercado integrado e regulamentado, facilitando a entrada de empresas que desejam expandir-se entre os seus estados-membros. Países como Alemanha, França, Reino Unido (apesar do Brexit) e Espanha destacam-se como os maiores mercados digitais na Europa, com consumidores altamente habituados às compras online. De acordo com o relatório produzido pela AgileIntel Research em 2020, a América do Norte e a Europa detinham 15% e 6,6% de participação em 2020, respetivamente.
Fora da Europa, a China e os EUA são os dois maiores e mais experientes mercados globais em termos de adoção de e-commerce B2B, representando 43% da participação de mercado global em 2020. A região Ásia-Pacífico dominava o mercado global com uma participação de um pouco mais de 78% em 2020 e espera-se que aumente para 81% até 2025.
Os EUA têm uma cultura de E-Commerce extremamente desenvolvida, com empresas como a Amazon a liderar o sector. A China, por outro lado, é o maior mercado de E-Commerce do mundo, com plataformas como Alibaba e JD.com a dominarem as transações. Estes mercados oferecem um potencial enorme, mas requerem um conhecimento profundo das suas especificidades culturais, regulamentares e logísticas.
A entrada em mercados internacionais exige uma análise detalhada das preferências dos consumidores, das questões legais (como as regulamentações de privacidade de dados e impostos), bem como uma adaptação linguística e cultural. Por exemplo, consumidores na Alemanha valorizam a qualidade e a confiança nas marcas, enquanto na China, o foco pode estar na rapidez de entrega e no serviço ao cliente.
O papel dos marketplaces nas transações comerciais digitais
Uma das formas mais eficazes para as empresas entrarem nos mercados internacionais é através de marketplaces online. Estas são plataformas digitais onde vários vendedores podem listar e vender os seus produtos, e são extremamente populares entre os consumidores, uma vez que oferecem uma vasta gama de opções num único local.
Os marketplaces mais conhecidos a nível mundial incluem a Amazon, o eBay e o Alibaba. Na Europa, plataformas como Zalando (para o setor da moda) e Cdiscount (popular em França) também têm uma forte presença. Estas plataformas já possuem uma infraestrutura robusta de logística, pagamentos e marketing, facilitando o processo de internacionalização para as empresas que nelas se inserem.
Ao utilizar um marketplace, as empresas beneficiam da visibilidade imediata que estas plataformas oferecem, bem como da confiança que os consumidores já depositam nas mesmas. Além disso, os marketplaces tratam de muitos aspetos técnicos e operacionais, como a gestão de pagamentos e a logística, permitindo que as empresas se concentrem na qualidade dos seus produtos e no serviço ao cliente.
Contudo, é importante salientar que os marketplaces também apresentam desafios, como a elevada concorrência e as margens de lucro mais apertadas devido às taxas cobradas pelas plataformas. Ainda assim, a sua importância no comércio digital é inegável, sendo uma excelente porta de entrada para empresas que desejam testar novos mercados sem grandes investimentos iniciais.
A Transição Digital: Um imperativo para as empresas portuguesas
Com a transição digital a avançar a passos largos, é fundamental que as empresas portuguesas aproveitem as ferramentas e plataformas disponíveis para expandir o seu alcance. Com uma estratégia bem planeada, que inclua a análise cuidadosa dos mercados, a adaptação às necessidades locais e a utilização de marketplaces globais, as empresas podem não só sobreviver mas também prosperar no competitivo mundo digital global.
A pandemia de covid-19 acelerou a procura por soluções digitais e as empresas com modelos de negócio B2B irão investir de forma gradual na adoção de sistemas tecnológicos de suporte às vendas online. De acordo com o relatório produzido pela AgileIntel Research em 2020 divulgado pela AICEP, o mercado global de comércio eletrónico B2B deve crescer para pouco mais de 35 mil biliões de dólares até 2025.
Em Portugal, a necessidade de transição digital tem sido amplamente reconhecida, especialmente após a pandemia de COVID-19, que acelerou a adoção de ferramentas digitais e o comércio online. No entanto, muitas empresas, especialmente PME's, ainda enfrentam desafios na digitalização, como a falta de conhecimento, recursos e infraestruturas adequadas.
No entanto, a transição digital não se limita a criar um site ou uma loja online. Requer a implementação de uma estratégia digital integrada, que inclua o marketing digital, a gestão de dados, a logística e, claro, um foco constante na experiência do cliente. A digitalização permite às empresas operar de forma mais eficiente, alcançar novos públicos e competir de igual para igual com empresas internacionais.
Andreia Arenga
17.09.2024
De acordo com um relatório da Nasdaq, o e-commerce está em rápido crescimento a nível mundial e as tendências apontam para que em 2040 cerca de 95% das compras sejam feitas através do comércio eletrónico. Esta é, por isso, uma oportunidade que qualquer empresa portuguesa deve aproveitar para começar a exportar ou para fortalecer ou diversificar a sua presença nos mercados internacionais digitais.
O que é o E-Commerce?
O E-commerce ou comércio eletrónico, é um canal de venda online que permite chegar a clientes de todo o mundo. Quer as vendas sejam efetuadas a outras empresas (B2B) ou ao consumidor final (B2C), o comércio eletrónico pode realizar-se através de site da empresa (loja própria), com controlo total do processo, maior flexibilidade das margens de negócio, mas com maior investimento; através de presença em plataformas de venda online com outros vendedores (marketplaces), com menor risco e menor investimento, mas com maior dependência de terceiros e margens mais reduzidas; através de redes sociais aproveitando as interações dos seus utilizadores; ou um conjunto destas opções.
A Importância das Vendas Online na Expansão do Mercado Português
O E-Commerce representa uma oportunidade de ouro para as empresas portuguesas que desejam expandir-se para novos mercados. Portugal, com uma população relativamente pequena, tem limitações naturais em termos de dimensão de mercado. No entanto, através do comércio eletrónico, as empresas podem facilmente ultrapassar estas barreiras geográficas, promovendo os seus produtos e serviços a clientes em qualquer parte do mundo.
Para as empresas que desejam expandir internacionalmente, as vendas online são uma ferramenta crucial. A presença digital permite que as marcas portuguesas não só aumentem a sua base de clientes, mas também fortaleçam a sua imagem e credibilidade nos mercados externos. Através de uma plataforma de E-Commerce, as empresas podem vender em diversos países, ajustando as suas ofertas às preferências e necessidades dos diferentes mercados.
De acordo com estudos recentes, o volume de vendas online em Portugal tem vindo a crescer de forma consistente, sendo que cada vez mais consumidores preferem fazer compras através da internet, especialmente em setores como a moda, eletrónica, e produtos de beleza. De acordo com a AICEP - Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, em Portugal as compras online representam 3,64% do PIB e 62% da população que utiliza a Internet diariamente, já efetuou compras online.
Este crescimento reflete uma mudança de comportamento dos consumidores, que procuram conveniência, rapidez e variedade na hora de comprar.
EUA e China: os gigantes do mercado global
Para internacionalizar uma empresa com sucesso, é fundamental compreender os mercados digitais e as suas especificidades.
A União Europeia oferece um mercado integrado e regulamentado, facilitando a entrada de empresas que desejam expandir-se entre os seus estados-membros. Países como Alemanha, França, Reino Unido (apesar do Brexit) e Espanha destacam-se como os maiores mercados digitais na Europa, com consumidores altamente habituados às compras online. De acordo com o relatório produzido pela AgileIntel Research em 2020, a América do Norte e a Europa detinham 15% e 6,6% de participação em 2020, respetivamente.
Fora da Europa, a China e os EUA são os dois maiores e mais experientes mercados globais em termos de adoção de e-commerce B2B, representando 43% da participação de mercado global em 2020. A região Ásia-Pacífico dominava o mercado global com uma participação de um pouco mais de 78% em 2020 e espera-se que aumente para 81% até 2025.
Os EUA têm uma cultura de E-Commerce extremamente desenvolvida, com empresas como a Amazon a liderar o sector. A China, por outro lado, é o maior mercado de E-Commerce do mundo, com plataformas como Alibaba e JD.com a dominarem as transações. Estes mercados oferecem um potencial enorme, mas requerem um conhecimento profundo das suas especificidades culturais, regulamentares e logísticas.
A entrada em mercados internacionais exige uma análise detalhada das preferências dos consumidores, das questões legais (como as regulamentações de privacidade de dados e impostos), bem como uma adaptação linguística e cultural. Por exemplo, consumidores na Alemanha valorizam a qualidade e a confiança nas marcas, enquanto na China, o foco pode estar na rapidez de entrega e no serviço ao cliente.
O papel dos marketplaces nas transações comerciais digitais
Uma das formas mais eficazes para as empresas entrarem nos mercados internacionais é através de marketplaces online. Estas são plataformas digitais onde vários vendedores podem listar e vender os seus produtos, e são extremamente populares entre os consumidores, uma vez que oferecem uma vasta gama de opções num único local.
Os marketplaces mais conhecidos a nível mundial incluem a Amazon, o eBay e o Alibaba. Na Europa, plataformas como Zalando (para o setor da moda) e Cdiscount (popular em França) também têm uma forte presença. Estas plataformas já possuem uma infraestrutura robusta de logística, pagamentos e marketing, facilitando o processo de internacionalização para as empresas que nelas se inserem.
Ao utilizar um marketplace, as empresas beneficiam da visibilidade imediata que estas plataformas oferecem, bem como da confiança que os consumidores já depositam nas mesmas. Além disso, os marketplaces tratam de muitos aspetos técnicos e operacionais, como a gestão de pagamentos e a logística, permitindo que as empresas se concentrem na qualidade dos seus produtos e no serviço ao cliente.
Contudo, é importante salientar que os marketplaces também apresentam desafios, como a elevada concorrência e as margens de lucro mais apertadas devido às taxas cobradas pelas plataformas. Ainda assim, a sua importância no comércio digital é inegável, sendo uma excelente porta de entrada para empresas que desejam testar novos mercados sem grandes investimentos iniciais.
A Transição Digital: Um imperativo para as empresas portuguesas
Com a transição digital a avançar a passos largos, é fundamental que as empresas portuguesas aproveitem as ferramentas e plataformas disponíveis para expandir o seu alcance. Com uma estratégia bem planeada, que inclua a análise cuidadosa dos mercados, a adaptação às necessidades locais e a utilização de marketplaces globais, as empresas podem não só sobreviver mas também prosperar no competitivo mundo digital global.
A pandemia de covid-19 acelerou a procura por soluções digitais e as empresas com modelos de negócio B2B irão investir de forma gradual na adoção de sistemas tecnológicos de suporte às vendas online. De acordo com o relatório produzido pela AgileIntel Research em 2020 divulgado pela AICEP, o mercado global de comércio eletrónico B2B deve crescer para pouco mais de 35 mil biliões de dólares até 2025.
Em Portugal, a necessidade de transição digital tem sido amplamente reconhecida, especialmente após a pandemia de COVID-19, que acelerou a adoção de ferramentas digitais e o comércio online. No entanto, muitas empresas, especialmente PME's, ainda enfrentam desafios na digitalização, como a falta de conhecimento, recursos e infraestruturas adequadas.
No entanto, a transição digital não se limita a criar um site ou uma loja online. Requer a implementação de uma estratégia digital integrada, que inclua o marketing digital, a gestão de dados, a logística e, claro, um foco constante na experiência do cliente. A digitalização permite às empresas operar de forma mais eficiente, alcançar novos públicos e competir de igual para igual com empresas internacionais.
Andreia Arenga
17.09.2024