Governo pretende criar 25 mil empregos qualificados com a ajuda dos fundos do Portugal 2030

Os objetivos estratégicos do Governo no âmbito do futuro quadro comunitário de apoio, o Portugal 2030, dividem-se em três segmentos fundamentais: duplicar a despesa em Investigação e Desenvolvimento com o intuito de criar 25 mil novos empregos qualificados nesta área; duplicar o número de novas empresas de cariz tecnológico e por fim, aumentar em 25% o número de patentes nacionais.

Apesar da estratégia delineada pelo Governo, o mesmo avisa que continuam a existir grandes constrangimentos ao desenvolvimento económico, como por exemplo, a pouca notoriedade a nível internacional de produtos e serviços portugueses e o facto de o país ostentar um número reduzido de exportadores de importante relevância, sendo pouco mais de 10% os exportadores que garantem a maioria das vendas ao exterior.

As despesas em Investigação e Desenvolvimento têm vindo a aumentar ao longo do tempo, tendo duplicado o seu peso no PIB desde o início do século, o que exemplifica a aposta cada vez mais concreta em elementos desta área. O peso da área de Investigação e Desenvolvimento no PIB em 2000 era de 0,72%, passando para 1,58% em 2020, sendo que para 2023, a percentagem assumida como meta, situa-se nos 3%.

De salvaguardar que a despesa privada em Investigação e Desenvolvimento triplicou o seu peso no PIB desde o início do século XXI, até aos dias de hoje. Em 2020, existiam 4300 empresas com atividades no âmbito da Investigação e Desenvolvimento.

A maior canalização de apoios por parte do Governo para esta área irá contribuir não só para uma maior competitividade das empresas a nível internacional, como também, para um aumento significativo dos níveis de emprego, o que culminará numa maior probabilidade de retenção de talento, elemento fundamental para o crescimento qualitativo das empresas.

Patrícia Neves

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2021-12-02T17:45:00+00:00
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