97% das empresas portuguesas pretendem recorrer a fundos europeus nos próximos anos
Os fundos europeus continuarão a ter um papel fundamental no que respeita ao investimento das empresas portuguesas nos próximos anos. De acordo com o inquérito realizado pela FI Group, cerca de 97% das empresas portuguesas apresentam como objetivo a realização de investimentos através do recurso a fundos europeus nos próximos dois a três anos.
As áreas nas quais as empresas mais pretendem investir são as seguintes: desenvolvimento e inovação; investimento produtivo e digitalização; eficiência energética; internacionalização; e, por fim, a qualificação dos recursos humanos.
Quando questionadas sobre quais os fundos europeus de que pretendem beneficiar, cerca de 57,4% das empresas responderam que têm interesse em beneficiar dos apoios provenientes do Portugal 2030 e do Plano de Recuperação e Resiliência, enquanto que 29,7% mencionaram que apenas têm interesse nos apoios provenientes do programa Portugal 2030. Relativamente ao montante a investir nos próximos anos, 34,7% das empresas responderam que não têm um valor definido, sendo que, 24,8% pretendem investir até um milhão de euros e somente 7,9% apresenta como objetivo o de investir mais de dez milhões de euros.
Paulo Reis, diretor-geral da FI Group destaca a vontade das empresas em investirem, de modo a contribuírem não só para a criação de emprego, como também para a recuperação económica.
A importância dos novos programas de fundos europeus foi universalmente reconhecida pelos inquiridos, os quais acreditam que a sinergia entre estes poderá ser o elemento fundamental para a recuperação económica e social do país.
As empresas inquiridas identificaram um conjunto de pontos de melhoria para o Portugal 2030, relativamente ao seu antecessor, o Portugal 2020, como por exemplo, a simplificação dos processos, a redução da burocracia, a realização de uma análise mais célere das candidaturas e dos pedidos de pagamento e, finalmente, o aumento dos apoios às micro, pequenas e médias empresas.
Patrícia Neves