Inovação, competitividade, internacionalização
A competitividade faz parte do vocabulário de qualquer economista ou comentador da especialidade. Surge diretamente relacionada com mais produção e melhores salários, mas também com a capacidade de Portugal se afirmar a nível externo. Há, todavia, uma premissa da equação que nem sempre é explícita: acrescentar valor.
Não há competitividade sem inovação e esta implica uma ligação fluida entre as empresas e o que de melhor se faz nas universidades, uma troca de conhecimentos entre as duas partes de forma persistente e contínua, criando uma cadeia de valor sustentável.
Mudança de paradigma nas empresas
O quadro dos financiamentos comunitários de nova geração, marcado pelos pressupostos do Mecanismo Europeu de Recuperação e Resiliência, assenta numa mudança de paradigma das empresas. Em Portugal, o PRR assume esse desígnio como uma prioridade.
Capacidade de gerar sinergias traz competitividade e conhecimento
O enquadramento das Agendas Mobilizadoras é paradigmático: Clusters de empresas associadas a universidades e a startups apresentam projetos que se pretendem inovadores e com impacto no desenvolvimento económico nacional e/ou regional. A mudança consiste desde logo na capacidade de trabalhar em conjunto, com a agilidade necessária para o cumprimento dos prazos. A persistência é um fator crítico para a capacidade de internalizar o conhecimento nas empresas.
Qualidade e inovação podem determinar o sucesso de um projeto
O tecido empresarial deverá ainda considerar que a criação e produção de produtos inovadores exige um cuidado acrescido com a proteção da propriedade intelectual, bem como a necessidade de aumentar o rácio de produtos com patente. Acrescentar valor abre portas com maior relevância no mercado internacional. Promover a qualidade como imagem de marca nacional é um bom objetivo.
Maria João Silva
Consultora de Fundos Comunitários