Investimentos em bem-estar animal podem vir a estar incluídos nos apoios comunitários

O Ministro do Ambiente e Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes, afirmou no encerramento da primeira conferência sobre o bem-estar animal, organizada pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, que os investimentos nesta área poderão vir a ser cofinanciados por fundos comunitários.

João Pedro Matos Fernandes, Ministro do Ambiente e Ação Climática salientou que o próximo quadro comunitário de apoio se encontra em negociações finais, sendo possível incluir o investimento no bem-estar dos animais de companhia como sendo um elemento passível de ser financiado por fundos comunitários. Além deste facto, o ministro adiantou ainda que tem existido uma diminuição da atenção da administração relativamente à problemática dos animais de companhia, o que não acontece neste momento, referindo que o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas já tem 19 veterinários a trabalhar.

Nesta primeira conferência sobre o bem-estar animal foram apresentados os resultados preliminares do programa de atribuição de apoios e incentivos financeiros para projetos de bem-estar animal, tendo sido também assinados protocolos com a Associação Portuguesa de Artistas e Empresários de Circo e com a Fundação “Animal Advocacy and Protection”. Os protocolos assinados, com o apoio do Fundo Ambiental, destinam-se a apoiar a entrega voluntária de animais de circo, os quais estão proibidos a partir de 2025 e a enquadrar a recolha e colocação a posteriori desses animais em santuários.

Carlos Carvalho, presidente da Associação Portuguesa de Artistas e Empresários de Circo, lamentou que os circos nunca tivessem sido apoiados neste processo, salientando que os mesmos sempre se preocuparam com o bem-estar animal e que sempre viram os animais de circo como parceiros de trabalho, sendo que em nenhum momento esses foram maltratados ou menosprezados.

Outro assunto debatido na conferência sobre o bem-estar animal foi a Estratégia Nacional para os Animais Errantes, nomeadamente a georreferenciação de abrigos para animais no sistema de gestão de incêndios, assim como, a preparação de um guia sobre a síndrome de Noé, comummente conhecida como acumulação de animais.

Patrícia Neves

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2021-12-21T14:21:27+00:00
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