Portugal regista aumento de novas empresas em 2020

Número de novas empresas cresceu em 2020 apesar de pandemia

O Instituto Nacional de Estatística (INE) revelou no final do mês de março de 2022, os dados definitivos das empresas em Portugal relativamente a 2020. De acordo com o INE, Portugal registou uma taxa de nascimento de novas empresas na ordem dos 7,9% em contexto pandémico.

O Instituto Nacional de Estatística refere que em 2020, existiram 35.610 sociedades não financeiras a iniciar atividade, enquanto que no mesmo período, assistimos ao desaparecimento de 24.941 sociedades. Estes números traduzem-se numa taxa de natalidade de novas empresas de 7,9% e a uma taxa de mortalidade de 5,5%.

Empresas de grande dimensão registam variações negativas de valor acrescentado bruto
Tendo como base a dimensão das empresas, foram as empresas de maior dimensão aquelas que apresentaram um comportamento mais negativo, com decréscimos de 12,4% no valor acrescentado bruto, de 13,7% no valor de negócios e de 3,8% nos gastos com os colaboradores. Comparativamente, as pequenas e médias empresas registaram uma quebra de 8,4% no valor acrescentado bruto, de 7,4% no volume de negócios e de 1,5% no emprego. O Valor Acrescentado Bruto constituí o resultado final da atividade produtiva num determinado período de tempo. Este indicador resulta na diferença entre o valor da produção e o valor dos custos intermédios, nos quais se incluem elementos como os gastos com os colaboradores e os custos com as matérias primas.

Alojamento e Restauração vs Informação e Comunicação e Energia e Água
Relativamente aos setores da economia, podemos distinguir duas posições diferentes. Por um lado, o Alojamento e Restauração, os quais verificaram uma descida no valor acrescentado bruto na ordem dos 53,9% em relação a 2019. De outro lado, a Informação e Comunicação e Energia e Água experienciaram aumentos no valor acrescentado bruto de 11,2% e 1,4%, respetivamente. As empresas financeiras também ficaram prejudicadas em 2020, apresentando reduções de 2,5% do valor acrescentado bruto e de 13% do volume de negócios.

Quebra no investimento
Em 2020, assistimos a uma quebra no investimento de cerca de 7,9%, o que em termos monetários representa uma redução de 1,8 mil milhões de euros relativamente ao período pré pandemia. Em termos setoriais, foi o setor do Alojamento e Restauração o que registou um maior decréscimo de investimento, com uma quebra de 23,5%, seguindo-se o Comércio com menos 22,4% e a Indústria com menos 13,8%.

Patrícia Neves

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2022-04-07T10:23:58+01:00

Número de novas empresas cresceu em 2020 apesar de pandemia

O Instituto Nacional de Estatística (INE) revelou no final do mês de março de 2022, os dados definitivos das empresas em Portugal relativamente a 2020. De acordo com o INE, Portugal registou uma taxa de nascimento de novas empresas na ordem dos 7,9% em contexto pandémico.

O Instituto Nacional de Estatística refere que em 2020, existiram 35.610 sociedades não financeiras a iniciar atividade, enquanto que no mesmo período, assistimos ao desaparecimento de 24.941 sociedades. Estes números traduzem-se numa taxa de natalidade de novas empresas de 7,9% e a uma taxa de mortalidade de 5,5%.

Empresas de grande dimensão registam variações negativas de valor acrescentado bruto
Tendo como base a dimensão das empresas, foram as empresas de maior dimensão aquelas que apresentaram um comportamento mais negativo, com decréscimos de 12,4% no valor acrescentado bruto, de 13,7% no valor de negócios e de 3,8% nos gastos com os colaboradores. Comparativamente, as pequenas e médias empresas registaram uma quebra de 8,4% no valor acrescentado bruto, de 7,4% no volume de negócios e de 1,5% no emprego. O Valor Acrescentado Bruto constituí o resultado final da atividade produtiva num determinado período de tempo. Este indicador resulta na diferença entre o valor da produção e o valor dos custos intermédios, nos quais se incluem elementos como os gastos com os colaboradores e os custos com as matérias primas.

Alojamento e Restauração vs Informação e Comunicação e Energia e Água
Relativamente aos setores da economia, podemos distinguir duas posições diferentes. Por um lado, o Alojamento e Restauração, os quais verificaram uma descida no valor acrescentado bruto na ordem dos 53,9% em relação a 2019. De outro lado, a Informação e Comunicação e Energia e Água experienciaram aumentos no valor acrescentado bruto de 11,2% e 1,4%, respetivamente. As empresas financeiras também ficaram prejudicadas em 2020, apresentando reduções de 2,5% do valor acrescentado bruto e de 13% do volume de negócios.

Quebra no investimento
Em 2020, assistimos a uma quebra no investimento de cerca de 7,9%, o que em termos monetários representa uma redução de 1,8 mil milhões de euros relativamente ao período pré pandemia. Em termos setoriais, foi o setor do Alojamento e Restauração o que registou um maior decréscimo de investimento, com uma quebra de 23,5%, seguindo-se o Comércio com menos 22,4% e a Indústria com menos 13,8%.

Patrícia Neves

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2022-04-07T10:23:58+01:00
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